BIM Fórum Brasil na FEICON Live Show
Atualizado: 19 de out. de 2021

Créditos: Acervo BIM Fórum Brasil
O BIM Fórum Brasil apoiou e participou ontem, 06 de outubro, do 4º Seminário “Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais no Brasil”, na FEICON LIVE SHOW | CONSTRUÇÃO, a convite da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Sergio Scheer, Vice-Presidente do BIM Fórum Brasil, participou da apresentação “Estratégias estaduais de implantação e disseminação do Building Information Modelling no Brasil” juntamente com Lauren Salla, Arquiteta Urbanista, Coordenadora de Modelagem da Informação da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Estado de Santa Catarina (COMOD/SIE). Inicialmente, Sergio deu um panorama breve de evolução no Brasil com destaque para os Estados que publicaram decretos para a adoção do BIM, semelhantes à estratégia nacional BIM BR com formação de comitês de gestão (CG-BIM) e grupos de assessoramento técnico (GT-BIM), são eles: Rio de Janeiro (Decreto 46.471 de 24.out.2018, BIM-RJ, CG-BIM); Paraná (Decreto 3080 de 15.out.2019, BIM-PR, CG-BIM e GT); Santa Catarina (Decreto 1370 de 13.jul.2021, BIM-SC e CT-BIM); Minas Gerais (Decreto 48.146/2021 de 02.mar.2021, Estratégia BIM-MG, CG-BIM). Uma das ações anteriores ao estabelecimento de cada estratégia estadual tem sido o estabelecimento de um “laboratório BIM”, ou LaBIM, responsáveis pela experimentação e implementação de BIM e tecnologias correlatas, como ocorreu em Santa Catarina e no Paraná que vem colhendo muito bons resultados.
Dando continuidade, Lauren apresentou um histórico da adoção do BIM no Estado de Santa Catarina, os avanços nas ações do governo e as metas BIM para 2022 da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Estado: aumento de 20% nas licitações de projetos e obras estruturantes em BIM; novos fluxos de trabalho em BIM com a utilização de um ambiente comum de dados; Editais e Cadernos Técnicos revisados e atualizados; novas turmas de capacitação dos servidores; novos estudos e cases de Infraestrutura e Obra Civil; parcerias e cooperações técnicas com entidades públicas e privadas; e, novas políticas públicas que priorizem a adoção do BIM nos projetos e obras.

Créditos: Acervo BIM Fórum Brasil
Wilton Catelani, Presidente do BIM Fórum Brasil apresentou um ano de estruturação e trabalho desenvolvido pelo BIM Fórum Brasil, dando destaque ao seu crescimento e à adesão, tendo atingido 40 associados, e aos Grupos de trabalho em andamento, estando dois em curso e outros dois em fase de planejamento.
Na sequência, Regina Ruschel, Coordenadora do Comitê Científico e Técnico do BIM Fórum Brasil, falou sobre a norma ABNT ISO 19650 - Partes 1 e 2. Iniciou sua apresentação com a Timeline do surgimento e desenvolvimento da ISO 19650, assim como o estado atual de sua adoção pelo mundo. Apresentou a abordagem e esforços da ABNT para a tradução. Para o Brasil é muito importante a tradução e o uso da ISO 19650, que possibilita a abertura de diálogo com os outros vários países que a utilizam. Depois foram destacados pontos importantes das duas partes da norma. Da Parte 1 destacou os “Requisitos de informação” que estabelecerão a gestão de informação entre contratantes e contratadas, alguns termos foram apresentados. As contratantes são responsáveis pelos Requisitos de informação das partes interessadas: da Organização (OIR) e do Projeto (PIR). Assim como são também responsáveis pelos Requisitos de informação contratuais: do Ativo (AIR) e de Troca da informação (EIR). As contratadas são responsáveis pelas informações entregáveis: Modelo de informação do Ativo (AIM) e do Projeto (PIM). Segundo Regina, a contratante deverá ter uma atenção especial a esta ISO para garantir e promover a gestão da informação.
Eduardo Toledo, Conselheiro Interino do BIM Fórum Brasil, também participou da segunda parte do Seminário, com a apresentação “Extensão dos usos de BIM - aplicações à Infraestrutura e Facilities Management”. Toledo falou sobre a utilização do BIM para gestão de FM e destacou que muitas empresas ainda tratam esta área como operacional, gerindo através de planilhas, desconhecendo e desperdiçando o aspecto estratégico desta para seu negócio. Quanto à aplicação do BIM à Infraestrutura ressaltou que a variedade de obras torna o processo de adoção mais complexo, demandando estudos e projetos pilotos. Mas mesmo diante deste cenário Toledo concluiu: “Temos visto aumentar o uso do BIM em obras de infraestrutura, visto que o retorno do investimento é favorável e mais rápido em obras cujo custo é significativamente maior que o de edificações”.
Confira na íntegra: