Contratação BIM por Órgão Público

Créditos: Acervo BFB
No dia 19 de setembro, o BIM Fórum Brasil promoveu um evento conjunto com a associada Sondotécnica, sobre o case de sucesso de adoção do BIM na Secretária Municipal de São Paulo. A equipe da Sondotécnica esteve à frente nesse processo e mostrou o passo a passo trilhado para essa adoção do BIM. O Webinar contou com a participação da especialista Stefania Dimitrov, Gerente BIM e Inovação na Sondotécnica, com Marcos Romano, Especialista em Desenvolvimento Urbano na Secretaria Municipal de Habitação - SEHAB e a mediação ficou a cargo de Sergio Scheer, Conselheiro Consultivo do BIM Fórum Brasil.
Stefania Dimitrov apresentou a Sondotécnica, empresa Brasileira com ação Global, desde 1954 no mercado, prestando serviços de Engenharia nas áreas de projetos, estudos, consultoria, gerenciamento e supervisão, atuando em saneamento, infraestrutura urbana, empreendimentos industriais, edificação e etc. No contrato com a SEHAB, a Sondotécnica atua como Gerenciadora. Na sequência falou sobre os maiores desafios enfrentados na SEHAB, no processo de adoção do BIM: elaboração da contratação pública de projetos em BIM, recebimento dos projetos em BIM, análise e validação dos projetos em BIM. Para tanto investiram em capacitação técnica da equipe da SEHAB e produção de material para viabilizar todo o processo.
Marcos Romano mostrou, através de uma linha do tempo, como foi a evolução da implantação na SEHAB, começando pelo Projeto Piloto Residencial Esmeralda, onde foram definidos os fluxos e entregáveis de projeto BIM e passando para os Planos de Massa para a Operação Urbana Consorciada Água Espraiada (OUCAE), que teve como desdobramentos a produção do Caderno BIM SEHAB de Projetos, que serviu como base para a licitação dos projetos do Edital OUCAE, do Caderno de Modelagem e do Modelo PEB. Os projetos licitados estão em elaboração e os Cadernos já estão em sua 2ª Edição e podem ser acessados aqui. Segundo Romano a SEHAB prepara-se agora para a próxima etapa: licitar obras em BIM.
Stefania compartilhou algumas conquistas deste trabalho: a Rota tecnológica BIM, com a utilização de softwares sem custo e padrões neutros para troca de informação; a colaboração em CDE (Ambiente comum de dados); a definição dos Marcos de validação de projetos BIM, diferentes dos tradicionais (Estudo Preliminar, Projeto Básico e Projeto Executivo) e o desenvolvimento de padrões de informações geométricas e não geométricas dos modelos visando a orçamentação. Destacou também as lições aprendidas: necessidade de melhor definição das atribuições de cada projetista na entrega do produto, onde começa uma disciplina e termina outra e o registro de como será o georreferenciamento dos projetos, a colaboração pressupõe que os projetos sigam um mesmo ponto de referência e todos trabalhem em um mesmo espaço geográfico.
Sergio Scheer, antes de abrir o debate, falou sobre a relevância da adoção de padrões abertos (open BIM) no trabalho desenvolvido na SEHAB, o que está em consonância com uma das primeiras lições difundidas pelo BIM Fórum Brasil, que acredita que ambientes digitais mais abrangentes possibilitem a adoção mais ampla do BIM.
O debate aconteceu na sequência, com interessantes questionamentos sobre o tema, podendo seus desdobramentos serem conferidos no Canal do YouTube do BIM Fórum Brasil: https://youtu.be/Q87qAqRSCeE