Os impactos do 5G para o setor da construção

Créditos: Acervo BFB
No dia 10 de maio, o BIM Fórum Brasil promoveu um evento conjunto com sua associada Oracle, sobre os impactos do 5G para o setor da construção. Discutiram como utilizar a tecnologia 5G para melhorar os processos construtivos, potencializar o acesso à informação e aumentar a eficiência nos projetos. Os painelistas convidados foram: Rui Gatti, Head de Construção LAD da Oracle e Bruno Mega, Master Principal Sales Consultant da Oracle. A moderação ficou a cargo do Vice-Presidente do BFB, Sérgio Scheer.
Sérgio Scheer fez uma introdução falando sobre os desenvolvimentos decenais das várias gerações da comunicação móvel, desde o 1G com a voz analógica na década de 80, 10 anos depois, o 2G com os torpedos, SMS, mensagens, depois na terceira geração (3G) com a banda larga móvel, na quarta geração (4G) com os serviços de localização, GPS e aplicativos muito utilizados hoje e agora o 5G traz além de altíssima capacidade de conexão, serviços com maior confiabilidade e menor tempo de resposta.
Bruno Mega fez uma apresentação sobre as tecnologias que estão impactando a indústria de engenharia e construção e sobre o Innovation Labs da Oracle, em Chicago Illinois - USA e em Sydney – Australia, que tem como proposta testar as tecnologias em um canteiro de obras de verdade. “O 5G vai ser revolucionário, vai garantir a cobertura de todo canteiro de obras, maior precisão dos serviços a distância, com menos tempo e segurança, a difusão do uso da realidade aumentada e de dispositivos para captura e controle da evolução da obra” destacou Bruno Mega.
O debate iniciou com Sérgio Scheer perguntando “Quais são os principais benefícios que a tecnologia 5G pode trazer aos negócios do Setor de Construção?”. Bruno Mega enumerou o que torna o 5G tão disruptivo: velocidade potencial 100 vezes maior que o 4G, latência praticamente zero (1 ms), conecta até 1 milhão de dispositivos por km2 (contra 10 mil/km2 do 4G), mais confiável que WiFi, maior capacidade de tráfego, maior estabilidade na transmissão. O que permite que IoT não dependa mais do WiFi, potencializa o uso de veículos não tripulados, braços mecânicos de alta precisão e a criação de cidades inteligentes. Para o setor da construção trouxe o conceito “The Everywhere Worksite”, mostrando que o canteiro de obras poderá ser acessado de qualquer lugar. “O que a gente deslumbra para o setor da construção começa aí, os protótipos estão prontos aguardando esta latência zero para virar realidade nos canteiros e garantir que outras inovações sejam implantadas” finalizou Bruno.
Sérgio Scheer perguntou para Rui Gatti “Que soluções a Oracle apresenta para o uso de 5G em empreendimentos de construção?”. Rui apresentou dois exemplos de uso, um dispositivo de IoT usado no capacete para monitoramento de funcionários, possibilitando, através do sistema Oracle, saber onde está o funcionário, se está por exemplo em ambiente confinado, qual treinamento mínimo necessário e o risco de um acidente de trabalho. O segundo exemplo foi do uso de óculos de realidade virtual para realizar manutenções, ao chegar em um painel elétrico ele reconhece o local e mostra o passo a passo da manutenção que deverá ser feita. São usos que quando testados com o 4G não conseguiram resultados satisfatórios.
O debate transcorreu com outros interessantes questionamentos sobre o tema, podendo seus desdobramentos serem conferidos no Canal do YouTube do BIM Fórum Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=yPWyUlCdp40